Por que os brasileiros estão cada vez mais entusiasmados com os pagamentos móveis

Especially younger consumers are likely to adopt new mobile payment methods. They value the ease of use and the possibility to transfer money immediately.

Ao longo dos anos, as pessoas no Brasil têm se interessado cada vez mais em comprar bens e serviços online. Como mencionado em nosso último artigo, as vendas de e-commerce aumentaram mais de 100% nos últimos cinco anos. A pandemia atual alimentou essa tendência. E de acordo com vários estudos de mercado, é provável que os brasileiros mantenham seus hábitos virtuais recentemente adotados. Mesmo quando a crise acabar.

Um aspecto importante a ser mencionado neste contexto: os brasileiros processam cada vez mais compras online por meio de celulares. 85% dos consumidores com smartphones já o utilizaram pelo menos uma vez para compras online, conforme afirma um relatório de mercado de 2019. Para efeito de comparação: em 2015, apenas 41% dos que possuem um smartphone também o utilizaram para e-commerce.

Certamente, isso tem um impacto significativo nos pagamentos móveis. Embora a grande maioria no Brasil ainda use cartões de crédito para pagar online, o uso de carteiras digitais, em particular, está aumentando. De acordo com o J.P. Morgan, as vendas por esse método já representam mais de 27% das transações de e-commerce. Em sua análise, o banco americano comenta que “a adoção entusiasmada de carteiras digitais pelo Brasil indica que esse método de pagamento pode rivalizar com o uso de cartões como a principal forma de pagamento online até 2021”.

Espera-se que os pagamentos instantâneos impulsionem as transações de pagamento móvel

O termo carteira móvel ou digital significa uma carteira virtual que pode armazenar informações de pagamento com cartão de crédito, bem como vales-presente, cupons, cartões de bônus e outras informações de pagamento móvel. Carteiras digitais são aplicativos que permitem pagamentos móveis online e também em pontos de venda.

De acordo com a consultoria de investimentos britânica Buyshares, o Brasil já é o quarto maior mercado mundial de carteiras móveis. Até o final deste ano, as transações com elas devem aumentar para mais de US$ 22 bilhões.

Especialmente com a implementação de pagamentos instantâneos, especialistas de mercado acreditam que os pagamentos móveis em breve expandirão sua popularidade. Pagamentos instantâneos, ou os chamados pagamentos de proximidade, são usados ​​em lojas quando os consumidores aproximam seu telefone celular ou outro dispositivo vestível de uma máquina específica perto do balcão de pagamento, usando a tecnologia Near Field Communication (pagamentos NFC) ou um código QR para prosseguir com o pagamento.

“Facilidade de uso” é o argumento mais forte para pagamentos móveis

Em relação aos pagamentos NFC em particular, os principais provedores globais são atualmente Samsung Pay, Google Pay e Apple Pay. Todos eles já estão presentes no Brasil – o que é um forte indicador do potencial futuro do mercado de pagamentos móveis no país. Assim, a empresa de pesquisa eMarketer prevê um aumento exponencial de usuários de pagamento instantâneo. De acordo com dados da eMarketer, o Brasil tem hoje cerca de 12 milhões de usuários de pagamento instantâneo. A expectativa deles para o Brasil é atingir 21 milhões de usuários até 2023.

Pesquisas de mercado indicam que consumidores especialmente mais jovens provavelmente adotarão os novos métodos de pagamento móvel. Eles valorizam principalmente a facilidade de uso, a possibilidade de transferir dinheiro imediatamente e receber confirmação instantânea. Em um estudo, as pessoas responderam especificamente sobre o que as incentiva a escolher o pagamento móvel. Quase 40% responderam que seria um bom backup caso estivessem sem sua carteira física.

Quais são os principais desafios para pagamentos digitais no Brasil

Embora seja um mercado próspero, os provedores de pagamento móvel ainda lutam com diferentes problemas, como segurança do usuário e regulamentações de autoridades. Por exemplo, quando o WhatsApp tentou recentemente iniciar seu serviço de pagamento móvel no Brasil, eles tiveram que suspendê-lo apenas uma semana após o lançamento oficial em junho de 2020.

De acordo com a plataforma TechCrunch, o banco central brasileiro interveio, argumentando que era necessário “preservar um ambiente competitivo adequado no espaço de pagamentos móveis e garantir o funcionamento de um sistema de pagamento que seja intercambiável, rápido, seguro, transparente, aberto e barato”.

O TechCrunch relatou ter conversado com um porta-voz do WhatsApp que disse que eles querem continuar tornando os pagamentos móveis possíveis junto com parceiros locais e o Banco Central. “Apoiamos o projeto PIX do Banco Central em pagamentos digitais e, junto com nossos parceiros, estamos comprometidos em trabalhar com o Banco Central para integrar nossos sistemas quando o PIX estiver disponível”, acrescentou o porta-voz, de acordo com um artigo online do Techcrunch.

O PIX é o serviço de pagamento móvel do Banco Central do Brasil. Provavelmente estará disponível em novembro deste ano.

Essas startups brasileiras oferecem pagamento móvel

Outras empresas brasileiras também investem na promissora tecnologia. Um relatório nacional mapeou 112 startups de pagamentos no país, 22 delas focadas exclusivamente em pagamentos móveis. Segundo a plataforma brasileira de inovação Distrito, entre os aplicativos de maior destaque estão PicPay, Code Money e Celcoin.

PicPay

O aplicativo permite que as pessoas transfiram dinheiro entre si e paguem por produtos em lojas e contas. Para começar a fazer pagamentos móveis, o usuário precisa cadastrar um cartão de crédito ou transferir um valor via boleto bancário.

Code Money

Este aplicativo funciona como uma carteira digital, quando o usuário carrega o valor desejado. Ele permite que o consumidor compre em lojas parceiras e funciona como um cartão de débito. Os usuários podem transferir valores de celular para celular em até três segundos.

Celcoin

O Celcoin é um aplicativo que transforma qualquer smartphone em um terminal para recebimento de contas, recarga de celular, passagens de ônibus, planos de TV e até mesmo gerenciamento de pontos de crédito para Uber e Netflix. Principalmente freelancers, lojistas, microempreendedores e varejistas começaram a oferecer os serviços da plataforma aos seus clientes para se tornarem mais competitivos.

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