Uma década de evolução gradativa (2015-2025) 

Entre 2015 e 2025, o Brasil passou por uma constante evolução econômica e regulatória. Moldado por mudanças macroeconômicas globais, reforma política e um foco crescente em infraestrutura digital, o país está diversificando gradativamente a sua economia – e essa mudança está começando a se refletir no perfil das empresas internacionais que entram no mercado. 

Após períodos de volatilidade, o crescimento econômico do Brasil – de acordo com o Banco Mundial – ficou em média acima de 3% entre 2022 e 2024, impulsionado por um consumo interno robusto, serviços resilientes e setores agrícolas, além de um mercado de trabalho em recuperação. Apesar dos desafios estruturais, como inflação, rigidez orçamentária e moeda enfraquecida (o Real), muitas reformas governamentais e o impulso do setor privado estão criando oportunidades, especialmente para empresas sintonizadas com a dinâmica local. 

Perspectiva do Grupo ILM: Uma mudança paulatina nos perfis de investimento estrangeiro 

No ILM Group, uma empresa de consultoria e terceirização de processos de negócios (BPO) especializada em orientar empresas internacionais no Brasil, essa mudança foi observada em primeira mão nos últimos dez anos. Embora os setores tradicionais – como manufatura industrial, energia e logística – continuem a desempenhar um papel fundamental, há um interesse notável e crescente dos participantes nos setores de tecnologia, fintech, agrotecnologia e infraestrutura digital. 

“Não se trata de uma transformação completa, mas de uma diversificação gradativa”, diz Fabian Peters, CEO do ILM Group. “Ainda atendemos a muitas empresas tradicionais, mas temos visto um número crescente de clientes de setores mais ágeis e voltados para a tecnologia nos últimos anos.” 

Essa evolução é refletida em tendências de mercado mais amplas. O setor agrícola, por exemplo, continua sendo vital para a economia do Brasil, mas está adotando cada vez mais a modernização. A adoção de sensores de IoT, análises orientadas por IA e técnicas de agricultura de precisão – destacadas pelo Banco Mundial e pela Equinix – está melhorando a eficiência e os rendimentos e reduzindo o desperdício. Enquanto isso, o setor de tecnologia do Brasil, especialmente em áreas como serviços em nuvem, segurança cibernética e pagamentos digitais, expandiu-se significativamente, apoiado por investimentos públicos direcionados e uma população altamente conectada. 

Economia digital e infraestrutura: Novas âncoras de crescimento 

A economia digital do Brasil está se tornando cada vez mais relevante. Iniciativas governamentais, como a Estratégia E-Digital e o Plano Nacional de IA, forneceram estruturas para o crescimento, apoiadas por mais de US$ 4 bilhões em investimentos em infraestrutura digital e inovação aplicada. 

São Paulo solidificou seu papel como um centro nacional de tecnologia, e projetos emergentes como o Rio AI City – que busca transformar o Rio de Janeiro em um importante centro regional de data center – ilustram como a infraestrutura digital e a energia renovável estão se tornando cada vez mais interligadas. 

“Alguns de nossos clientes mais novos são atraídos para o Brasil pela escala do mercado consumidor e pelo amadurecimento da infraestrutura digital”, observa Peters. “O que costumava ser uma barreira – como regulamentação e burocracia – está se tornando administrável com a preparação certa.” 

Agtech e sustentabilidade: Primeiros sinais de uma mudança mais ampla 

O setor agrícola brasileiro continua sendo um pilar de sua economia, contribuindo significativamente para o PIB e as exportações. No entanto, ele também está se modernizando. De acordo com o “Radar AgTech Brasil 2024”, o número de startups de agtech cresceu 75% desde 2019, apoiado por inovações em agricultura de precisão, biotecnologia e práticas resilientes ao clima. 

O ILM Group tem visto um número gradual, mas crescente, de investidores internacionais explorando oportunidades em agricultura sustentável, bioeconomia e infraestrutura verde, especialmente em conexão com objetivos orientados por ESG. 

Reformas estruturais: Melhorando o ambiente de negócios 

As recentes reformas do governo – como a revisão dos impostos indiretos em andamento e as atualizações regulatórias em finanças digitais e stablecoins – sinalizam a intenção do Brasil de melhorar seu ambiente de negócios e atrair investidores de longo prazo. Ainda assim, os desafios permanecem: a dívida pública está projetada para atingir 79,6% do PIB até 2028, e a rigidez dos gastos continua a limitar a flexibilidade das políticas. 

Para as empresas internacionais, isso cria tanto riscos quanto oportunidades. Para aumentar as chances de sucesso, é recomendável ter um parceiro local. O ILM Group ajuda seus clientes a navegar por essas mudanças regulatórias, oferecendo uma abordagem estruturada para a entrada no mercado que integra serviços de consultoria, paralegais, contábeis e fiduciários. 

“Nosso foco é ajudar nossos clientes a se anteciparem às mudanças”, diz Peters. “O Brasil está se tornando cada vez mais atraente, talvez acelerado por desenvolvimentos macroeconômicos em outros mercados, como os EUA e a China, mas o sucesso ainda depende de se obter a estrutura correta desde o primeiro dia.” 

Uma região de otimismo cauteloso 

Embora o Brasil se destaque como líder na transição digital da América Latina, a região como um todo continua sendo desafiada por baixas taxas de investimento, lacunas de qualificação e infraestrutura digital desigual. Ainda assim, o aumento da demanda digital e os esforços de integração regional – como o acordo entre a UE e o Mercosul – podem gerar um novo impulso. 

Sobre o ILM Group 

Fundado em 2015, o ILM Group fornece a empresas internacionais o serviço completo de back office necessário para a entrada estratégica no Brasil. Com escritórios em São Paulo e em outras três regiões, a empresa apoia mais de 100 clientes em todo o mundo, oferecendo serviços que vão desde representação legal e planejamento tributário até EOR e inteligência de mercado. 

“Nossa missão não é apenas simplificar a expansão”, conclui Peters. “É atuar como um parceiro de confiança e garantir que as empresas se expandam de forma inteligente, legal, eficiente e sustentável.” 

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