A pandemia de covid-19 forçou pessoas ao redor do mundo a mudarem seus hábitos drasticamente. Algumas dessas mudanças vieram para ficar, de acordo com especialistas. Listamos cinco tendências econômicas que ganharam força durante a pandemia e que devem continuar relevantes no mundo pós-covid.
A pandemia forçou muitas empresas a adotarem o trabalho remoto, até mesmo aquelas que antes não acreditavam nessa prática. Após meses de confinamento, a experiência mudou a percepção de muitos líderes empresariais. Segundo pesquisa da Gartner, 48% dos funcionários provavelmente continuarão trabalhando de casa alguns dias por semana após a pandemia, comparado a apenas 30% antes da crise.
No Brasil, a ISE Business School descobriu que, antes da covid-19, o trabalho remoto não era uma realidade para 51% das empresas. Agora, após o período de adaptação, 80% dos gestores indicam preferir essa nova forma de trabalhar.
Com o cancelamento de eventos e o fechamento de cinemas, bares e parques, as pessoas buscaram alternativas de entretenimento. Esports, como torneios virtuais de futebol e tênis, tiveram crescimento exponencial de audiência e receita. Todd Sitrin, vice-presidente da Electronic Arts, destacou o aumento dramático de público nos eventos de esports.
Tecnologias como realidade aumentada e realidade virtual também ganharam destaque. Maor Cohen, CEO da n*gram health, comentou que “nunca houve tanta necessidade de tecnologias que aprimorem ambientes físicos limitados”. Um exemplo é a série de shows ao vivo na plataforma VR Wave, incluindo um show de John Legend em um ambiente virtual imersivo.
Antes da pandemia, as startups de HealthTech já estavam em expansão global. A covid-19 acelerou ainda mais esse crescimento, com empresas focadas em identificar casos de infecção e analisar dados para ajudar na tomada de decisões. No Brasil, a telemedicina só foi permitida em março de 2020 devido à urgência da crise. O Hospital Albert Einstein registrou um aumento nas teleconsultas, de 80 para 600 por dia.
A EdTech também cresceu rapidamente durante o fechamento de escolas e universidades. Em abril, a startup chinesa Yuanfudao levantou US$ 1 bilhão para sua plataforma de tutoria online, marcando o maior investimento de capital de risco em uma EdTech até então.
O distanciamento social e a quarentena fizeram com que as pessoas dessem mais atenção à saúde e ao bem-estar. Especialistas indicam que os consumidores agora valorizam mais a nutrição saudável e estão mais propensos a adotar aplicativos de saúde.
Essa tendência afetará as políticas de recursos humanos. Para atrair talentos, as empresas precisam criar um ambiente de trabalho saudável, com foco em liderança moderna e cultura corporativa baseada em valores. Além disso, incluir programas de bem-estar nos pacotes de benefícios pode ser mais atrativo do que vales-combustível, por exemplo.
Segundo um estudo do Ibespe em parceria com a Febraban, os hábitos de consumo mudaram significativamente. 46% dos entrevistados planejam reduzir visitas a bares, restaurantes e shoppings. Além disso, 30% pretendem aumentar suas compras online, enquanto 37% dizem que viajarão menos.
Com um foco maior em um estilo de vida consciente, as pessoas também começaram a fazer mais coisas por conta própria. O Google reportou um aumento nas buscas por “receita de pão caseiro”, “cortar cabelo em casa” e “exercícios em casa”. Especialistas acreditam que os consumidores continuarão explorando essas novas habilidades mesmo após a pandemia.
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